sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
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É por uma causa justa
Bjs
Xeila X.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Permaneci em Atlanta por dois dias, tempo suficiente para me refazer da viagem de avião e me esbaldar com pirocas metropolitanas antes de começar minha aventura no agreste estadunidense. Comprei um Corvete dourado, conversível. Coloquei meus óculos escuros, meu batom pink sensação e meu vestido vermelho com decote ousado. Para compor o visual vesti um par de luvas brancas, um colar de pérolas e uma echarpe branca que esvoaçava pela paisagem Norte Americana. Meu carro era um fenômeno e eu estava particularmente irresistível com meu look anos 50. Ao dar a partida no motor eu já me sentia mais disposta, mais libidinosa.
De Atlanta segui rumo sudoeste, para a região conhecida como "Bible Belt". O sol árido do interior só poderia mesmo me fazer bem. Dirigi meu conversível pela madrugada e pela manhã, parando vez ou outra para comer alguma coisa, retocar a maquiagem e sadomizar hillbillies, rednecks e puritanos alike.
Às cinco da tarde eu cruzava uma auto-estrada deserta quando meu Corvete pifou. Não passava uma alma viva naquela estrada. Fiquei encostada na porta do carro passando o tempo com pequenos exercícios de pompuarismo e uma ciririca leve. Olhei no meu mapa e vi que a próxima cidade ficava uns cem quilômetros dali. Eu estava realmente fodida, não havia nada a fazer além de esperar um salvador.
Às seis e meia da tarde, quando eu já estava decidida a correr aqueles cem quilômetros à pé, vi uma caminhonete, se aproximando. O carro estava em sua velocidade máxima e ao passar por mim, não parou. Eu fiquei pulando e sacudindo os braços tentando chamar a atenção do motorista. A caminhonete freou de repente e deu marcha ré. Li na porta enferrujada uns dizeres escritos em tinta descascada que diziam "Bob Johnsons' Car Repair". o motorista era um rapaz que usava um macacão sujo de graxa, uma camiseta branca de malha - com as mangas dobradas para cima mostrando uma tatuagem de coração-, e o cabelo untado de brilhantina penteado para trás. Coloquei minhas malas na traseira do caminhão e me sentei no banco do carona, reclamando alegremente do calor. Quando eu o chamei de Bob Johnson, ele se assustou, perguntou como eu sabia o nome dele. Simplesmente sorri e me apresentei.
Bob seguiu por uns dez quilômetros na auto-estrada e tomou um desvio que não estava em meu mapa. Pensei que ele fizera aquilo para me estuprar no mato, mas infelizmente Bob era um jovem muito respeitoso e essas idéias nem passavam por sua cabeça. Bob me explicou que aquela era a estrada para Summerville, uma pequena cidade a trinta quilômetros dali. Ele me disse que estava escurecendo e aquela estrada não era segura à noite. Pela manhã ele viria rebocar meu carro e o deixaria pronto para que eu pudesse seguir viagem antes do meio-dia. Agradeci.
Summerville era uma cidade aparentemente deserta. Não era mais do que sete e trinta da noite, mas não havia ninguém nas ruas. Bob me levou para sua casa dizendo que a única pensão da cidade não aceitava ninguém depois das sete. A cidade inteira, à noite, se trancafiava em casa com medo sei lá de quê.
Entramos na garagem da oficina e Bob rapidamente trancou tudo com cadeados, correntes, e mobílias para bloquear as portas. Subimos para o segundo andar, onde Bob morava. Perguntei se eu poderia tomar um banho, ele disse que sim. No banheiro, tirei minha roupa, abri o chuveiro e deixei aquela ducha me estimular os sentidos. Quando saí do banho, enrolada em uma toalha pequena, Bob estava arrumando o sofá, onde ele disse que passaria a noite. Eu encarei seus olhos, que pareciam cheios de desejos contidos, e tirei a toalha. Pasmo, Bob abriu a boca; as putas que ele deve ter comido em sua vida não deveriam chegar aos meus pés. Caminhei lentamente em sua direção. Bob se assentou no sofá. Me aproximei e comecei a alisar seu cabelo. Ele beijou meus mamilos, segurando minha bunda com ambas as mãos sujas de graxa. Levantei a perna e a apoiei no sofá. Bob abaixou a cabeça e começou a trabalhar com a língua. Meu grelho ficou inchado ao sentir aquela boca me estimulando a vulva. Vi o tamanho de sua mala. Bob abriu o zíper do macacão, tirando o seu cacete latejante e as bolas de seu saco. Ajoelhei-me em sua frente e beijei aquele membro. Enfiei as bolas de seu saco em minha boca e as acariciei com a língua. O pré-sêmen começou a escorrer pela cabeça de seu caralho. Não podendo mais agüentar, sentei no colo do mecânico. Minha buceta se deleitou com cada palmo daquela piroca. Bob me segurou pelas ancas e levantou. De pé comigo colada à cintura, ele caminhou até a janela e abriu-a senti a brisa quente me refrescando o cu. Bob me tirou o caralho e me virou de bruços. Apoiei meus braços no parapeito da janela e ele me enfiou o cacete no rego. Urrei feito uma louca, se a rua não estivesse deserta, teriam chamado a polícia. Seu braço direito me estimulava a vulva. Quando estávamos prestes a goza, Bob tirou seu cacete de meu cu e lançou jatos de porra pelas minhas costas. Por um breve instante, enquanto sentia o líquido quente escorrer rumo ao meu rego, pensei ter visto, parado na esquina, um vulto sinistro, de cabelos vermelhos, gorro verde, olhos luminosos e garras aduncas. Pisquei os olhos com intensidade e a visão desapareceu nas brumas da noite. Me voltei em direção a Bob, no intuito de afastar os terríveis presságios que me assolaram, e lambi com ardor as últimas gotas daquele sêmen leitoso e forte.
Trepamos mais umas quatro vezes antes de cair no sono.
Acordei por volta das sete. Como não vi sinal de café da manhã, conclui que Bob havia saído para buscar meu carro, antes mesmo de comer alguma coisa. Abri a pequena geladeira, peguei alguns ingredientes e comecei a fazer uns ovos com bacon. Quando os ovos estavam ficando no ponto, escutei a campainha da porta. Olhei pela janela da sala e vi dois homens parados perto da escada. Abri a porta e eles mostraram seus distintivos: Agent Fox Mulder e Agent Dana Scully - que na verdade era meio masculina mas não chegava a ser homem-, ambos do FBI. Convidei-os a entrar. Agent Fox perguntou quem eu era e o que fazia ali. Contei-lhe rapidamente sobre meu carro quebrado e a impossibilidade de conseguir uma vaga na pensão. Disse que Bob Johnson deveria estar buscando o meu carro naquele exato momento. Agent Scully disse que não. Essa manhã, Bob Johnson havia sido encontrado morto, em um celeiro abandonado, dois quilômetros fora da cidade. Abri minha carteira e lhes mostrei minhas credenciais. Agent Scully pegou meus documentos e foi dar um telefonema. Perguntei se poderia ver o corpo, talvez eu pudesse ajudar em alguma coisa. Agent Dana Scully, em seu telefonema, descobriu que eu já havia ajudado o FBI em três outros casos. Agent Fox, então, decidiu que eu poderia ser útil.
Fomos ao necrotério ver o corpo. Pobre Bob Johnson, morreu de forma horrível. Seu cadáver manteve impresso na face os pavores vividos nas suas últimas horas. O corpo estava mutilado: o pênis fora removido com precisão impressionante. Quem quer que havia feito aquilo sabia muito bem como agir. O músculo do pênis fora retirado juntamente com a pele, os testículos e parte do ânus. O meio das pernas de Bobo era um vazio assustador. O assassino não poupou talentos e requintes de crueldade.
Quando saímos do necrotério, Agent Fox me informou da antiga lenda do Fantasma de Summerville. Bob Johnson não era a primeira vítima. Os crimes começaram há muitos anos e sempre ocorriam na mesma época, dois dias antes de Valentine's Day.
Valentine's Day iria acontecer no dia seguinte e eu estava disposta a impedir que ao cair da noite o tal Fantasma amputasse outro caralho. Me despedi dos dois agents dizendo que iria procurar algumas pistas. Eles sorriram cinicamente. Tenho certeza de que nenhum dos dois acreditava em minhas capacidades tupiniquins. Fui saber mais tarde que o FBI vinha investigando o caso havia muito anos, mas nunca conseguiram resolver o mistério.
Decidi começar do princípio e fui à biblioteca vasculhar nos jornais o histórico dos assassinatos cometidos pelo Fantasma de Summerville.
A bibliotecária me olhou desconfiada quando pedi os jornais, mas acabou se mostrando prestativa. Em uma breve busca descobri coisas realmente muito interessantes. Misteriosamente os crimes do Fantasma não eram mencionados em nenhum periódico local. Os primeiros jornais até falavam sobre as vítimas - todos homens, todos mutilados- mas não deixavam pistas. No início pensava-se que os assassinatos eram crimes casuais, mas com o decorrer dos anos eles se tornaram mitos e o povo passou a temer o dito Fantasma. Durante o Valentine's Day, nem as mulheres ousavam sair nas ruas depois das sete da noite. Apesar das poucas informações sobre os assassinatos, os obituários me revelaram maravilhas. Os primeiros homens a morrer foram Jefferson Marble, Walter Perckinson e Steve Johnson. No ano seguinte Wellington Marble e Danton Perckinson. Nos anos que se seguiram foram alguns Roberts, Peters, Michaels, Davids, Nathans, etc, todos de sobrenome Marble, Perckinson ou Johnson. Finalmente, eu havia encontrado um padrão lógico. O Fantasma de Summerville começava a se materializar em minha cabeça. Uma volta pela cidade me serviu como um balde de água fria. A maioria das pessoas em Summerville era ou Marble ou Perckinson ou Johnson. Todos por ali eram parentes, próximos ou distantes. fiquei bastante frustrada.
Quando por acaso, eu passava perto da biblioteca mais uma vez, a bibliotecária, na porta, fez um discreto sinal para mim. Eu fui ver o que ela queria. A bibliotecária trancou a porta com a chave e fomos para sua mesa. Seu nome era Shirley, e seu sobrenome Marble. Ela deveria ter a mesma idade que eu.
Shirley Marble me disse que ninguém da cidade falaria comigo ou com nenhum dos FBI agents. Todos ali estavam dispostos a manter o terrível segredo do Fantasma de Summerville. Eu lhe disse que podia confiar em mim. Eu estava ali para ajudar e não permitiria que ninguém mais sofresse o mesmo que Bob Johnson. Criando um pouco de coragem, mas ainda bastante relutante, Shirley Marble me contou que um de seus irmãos havia sido assassinado pelo Fantasma no ano anterior. Estimulei sua narrativa dando-lhe um abraço apertado. Em prantos, com a cabeça escondida em meus seios, Shirley finalmente revelou a terrível história.
A primeira série de assassinatos começou nos dias próximos do Valentine's Day de 1972, mas a história teve seu início vinte anos antes, exatamente no dia 14 de Fevereiro de 1952. Faltavam dois dias para Valentine's Day e todos os jovens da cidade sonhavam em conseguir um date para o grande baile da escola. Nenhum deles poderia adivinhar o que estaria para acontecer.
No ano anterior, em 1951, um jovem imigrante irlandês apareceu na cidade para trabalhar nas fazendas da região, seu nome era Jack O'Neil. Ele não tinha mais que dezenove anos. O'Neil não era muito popular junto aos outros rapazes, "o povo daqui sempre foi um tanto racista," disse Shirley, porém uma jovem se apaixonou por ele, seu nome era Cindy Perckinson. Os dois começaram a namorar secretamente, mas o escândalo começou a correr Summerville. "Ninguém se conformava em ver uma típica garota da cidade de amores com um imigrante pobre e irlandês que trabalhava no campo," a bibliotecária me narrou timidamente. "Então, dois dias antes do Valentine's Day, o ódio de alguns dos rapazes da cidade chegou ao limite. Cindy e O'Neil estavam juntos em um celeiro próximo ao rio - o mesmo celeiro onde os corpo geralmente são encontrados. Alguns dizem que ela estava grávida e se preparava para fugir da cidade com o jovem O'Neil. Quando os dois estavam entregues ao amor, o celeiro foi invadido por seis dos nossos rapazes, liderados por Bill Johnson, ex-namorado de Cindy. Eles separaram O'Neil e Cindy e começaram a surrar o jovem irlandês. Cindy gritava 'oh please, stop it, stop it! Oh, please...' Os rapazes riam como loucos. Eles a ofenderam, disseram que era vergonhoso ter uma garota de Summerville se deitando com um irlandês sujo. O'Neil não pode lutar contra todos eles, os seis o seguraram no chão. Bill, experiente castrador de porcos, com um canivete, lentamente lhe arrancou os testículos, a glande, o pênis, e parte do reto. O'Neil sofreu cada instante, pois toda vez que desmaiava, os rapazes jogavam água fria para acordá-lo. Cindy foi obrigada a assistir toda a cena. A tortura de O'Neil durou muitas horas, e quando ele finalmente se esvaiu em sangue, Cindy, enlouquecida 'oh, my God!', fugiu em direção ao rio. Os rapazes a viram se jogar na água e desaparecer. Seu corpo nunca foi encontrado. A polícia abafou o caso da morte de O'Neil, a família de Cindy decidiu não tocar no assunto, pois estavam envergonhados do romance dela e não aprovavam a união. tudo foi esquecido, até que vinte anos mais tarde os assassinatos começaram, no mesmo dia em que Cindy e O'Neil morreram."
Perguntei a Shirley se Jefferson Marble, Walter Perckinson e Steve Johnson - os primeiros a serem mortos em 1972- estavam entre os seis rapazes que castraram O'Neil. Shirley respondeu que sim. Dois dos outros rapazes, Patrick Perckins e Jason Marble, morreram nos anos seguintes. Curiosamente, Billy Johnson, o líder do grupo, não estava entre os homens assassinados pelo Fantasma. Comentei o fato com a bibliotecária. Shirley então me informou que Billy, na verdade, ainda vivia. O Fantasma talvez o tivesse poupado porque Billy havia sofrido um terrível acidente.
O medo e a culpa fez com que o caso do Fantasma do Summerville se transformasse num tabu para a população daquela cidade. Os descendentes dos Marbles, Perckinsons e Johnsons, passaram a suportar a maldição em silêncio. Durante os dois dias que precediam o feriado de Valentine's Day ninguém em Summerville saía às ruas, nem a polícia. No resto do ano, as pessoas procuravam não se arriscar e continuavam mantendo as portas trancadas.
Perguntei quantos anos tinha Cindy quando ela se suicidou. Shirley me disse que a jovem tinha apenas 17 anos.
Eu estava me preparando para sair da biblioteca quando Shirley me perguntou se eu precisava de mais alguma coisa. Entendi o recado e a deixei me chupar a buceta, mas como não havia tempo a perder, parei por ali.
Procurei a lista telefônica e anotei alguns endereços. Demorei meia hora para percorrer a cidade batendo nas portas das pessoas de minha lista. Encontrei Agent Fox Mulder e Agent Dana Scully encostados na porta de um Mercedes preto, supus que era o carro oficial que eles usavam. Faltavam duas horas para o povo se trancar em suas casas. Os dois agents abriram seus sorrisos cínicos quando me viram chegando com um chapéu maravilhoso, de abas largas, maravilhosamente decorado com delicadas flores de ceda, que exigiram mãos bastante habilidosas e precisas para serem feitas. Os dois me perguntaram se eu já havia desvendado o mistério ou se estava apenas fazendo compras. Lhes respondi que o caso estava resolvido. Para provar que estava certa, abri a bolsa e retirei um jarro contendo um pênis amputado, embebido em formol. Coloquei o jarro em cima do capô da Mercedez, dizendo que apesar de saber quem era o Fantasma, e o porque das mortes, eu jamais revelaria o segredo. No meu modo de ver as coisas, o Fantasma merecia continuar sua missão. Agent Mulder e Agent Scully, tentaram me deter. Dei dois telefonemas para os altos escalões do governo e ambos os agents foram temporariamente exonerados de seus cargos, sendo obrigados e entregar seus distintivos enquanto eu estivesse no país. Um helicóptero veio de Washington com ordens de me levar imediatamente até a Casa Branca, para resolver uma perigosa intriga internacional. Antes de alçar vôo, lancei um beijo para meus amigos Agent Mulder e Agent Scully e disse que se o FBI quisesse poderia continuar investigando o mistério, mas meu conselho era que os bons cidadãos de Summerville continuassem trancados em suas casas.
Em meu diário secreto escrevi a história completa do Fantasma de Summerville, a título de referência futura. O Fantasma se chamava Misses Jackeline Murray Johnson , uma mulher de aproximadamente 40 anos, dona de uma loja de chapéus na parte central da cidade. Após ouvir o relato da bibliotecária chupadora de grelos, busquei na lista telefônica pessoas, ou estabelecimentos comerciais que não pertenciam a nenhum Perckinson, Marble ou Johnson. Eu tinha uma suspeita de que o Fantasma era um forasteiro, de alguma forma envolvido nas barbaridades ocorridas na noite de Valentine's Day em 1952.
Com uma rápida pesquisa, descobri que somente Miss Jackeline Murray Johnson se encaixava no perfil que eu procurava, os outros suspeitos estavam fora de cogitação, pois eram uma moça de vinte e dois anos em coma há vinte anos, um senhor de noventa anos sem os braços, um intercambista tibetano residente na cidade havia apenas seis meses.
Confesso que de início pensei que o Fantasma fosse a própria Cindy Perckinson, retornada das trevas para vingar seu amado. Eu não estava completamente errada em minhas suspeitas. Havia um quebra-cabeças a ser montado, e com uma breve busca pela cidade, consegui juntar todas as peças e encontrar o assassino.
Entrei na loja de Miss Johnson e simulei interesse na variada seleção de chapéus, todos feitos à mão, de acordo com ela. Mr. Johnson, imóvel, permanecia sentado em uma cadeira de rodas em um canto da loja, de olhos abertos, nos encarando. Pedi para ver um dos chapéus que estava na parte mais alta da estante. Misses Jackeline subiu um em uma escada para alcançar a caixa, aproveitei e lhe derrubei com um golpe. Acertei-lhe uma coronhada na cabeça e pulei em direção a Mr. Billy Johnson, até então eu não podia ter certeza de quem era o Fantasma. Chutei a cadeira de rodas e Mr. Johnson caiu imóvel no chão. amarrei os dois e fechei a loja. Acordei Miss Jackeline e disse a ela que ela tinha exatos cinco minutos para me convencer de que ela deveria continuar viva apesar dos crimes que havia cometido. Misses Johnson, então, começou a chorar, entregue ao cansaço, e revelou toda a história.
De acordo com a própria Misses Jackeline, Cindy, sua mãe, depois de ver o namorado morrer nas mãos dos seis rapazes, pulou no rio e desapareceu, sendo dada como morta. Porém, algumas horas depois ela acordava quilômetros de distância de Summerville. Vendo as luzes daquela cidade cruel que tanto horror havia lhe trazido, Cindy, acariciando a barriga, jurou se vingar das futuras gerações de Marbles, Perckinsons e Johnsons.
Cindy Perckinson, mudou de nome e viajou para outro Estado, para dar a luz a seu bebê, um menino, de nome Jack e cabelos ruivos, como os do pai. Ao longo dos anos que se seguiram, Cindy, que se tornou amarga e doentia, alimentou no filho um desejo psicótico de vingança contra todos que haviam trazido sua desgraça. Jack, exímio na arte dos bisturis, tendo praticado muito, de início com pequenos animais, depois com humanos de grande porte, ao completar vinte anos, matou a mãe, guardou o corpo em uma mala, travestiu-se, trocou seu nome para Jackeline e em julho de 1970 mudou-se para Summerville para levar adiante a missão deixada por sua mãe. Jackeline começou a trabalhar na loja de Miss Ethel Johnson, esposa de Billy Johnson. Três meses depois a fez com que a pobre Ethel sofresse um terrível acidente de carro - Ethel havia sido amiga de Cindy, e era a responsável por todos saberem do namoro proibido. Seis meses depois Jackeline casou-se com Mr. Billy Johnson. O casal saiu em lua de mel, e Misses Jackeline, aproveitando o espanto de Mr. Billy ao ver que ela era na verdade um homem, quebrou sua coluna, privando Billy Johnson de todos os movimentos. Jackeline então começou sua vingança. No Valentine's Day de 1972, nasceu o Fantasma de Summerville. Jackeline Murray Johnson sequestrava suas vítimas fingindo estar em perigo. Depois as assassinava na frente do marido. Mr. Billi Johnson, preso no próprio corpo, sem poder se comunicar com o mundo exterior, assisitu a todos os assassinatos.
Imediatamente desamarrei a pobre Jackeline e me desculpei pela descompostura de tê-la abatido. Garanti que seu segredo permaneceria seguro comigo e perguntei o que ela fazia com os pênis que arrancava. Misses Jackeline ficou feliz de me mostrar seu esconderijo secreto, onde mantinha sua coleção de pênis conservados em jarros. Perguntei se eu poderia ficar com um deles, o menos significativo talvez, só para provar para a dupla de agents do FBI que eu havia realmente resolvido o caso. Misses Jackeline ficou feliz em atender meu pedido e ainda me deu um belíssimo chapéu como prova de nossa amizade.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Muitas vezes trabalho de graça, pelo simples prazer de defender a justiça, e quando os garanhões da cidade começaram a se tornar fracotes chorões, engaiolados em suas casas, com medo do que podia lhes acontecer, eu saí às ruas, caçando as responsáveis.
Comecei visitando um dos meus locais favoritos: Academia de Boxe e Musculação Geraldo Caldas. A academia costumava ser o ponto de encontro de todos os brutamontes da região. O edifício era sujo, com paredes descascadas e repletas de fotografias dos grandes machões que por ali passaram. Nestor Castañedas, Jock Autorama, Lúcio Fumê, Antônio 29, Pau de Sebo, Sargento Cláudio Magno, Cézar, Everaldo Matteus, Paulo Washington, Vampiro, Brukutu, Plutão, Vasco, Santiago, e muitos outros, estavam todos lá, eternizados pelas fotografias orgulhosamente expostas.
Geraldo Caldas me atendeu em seu gabinete particular, e com o olhar perdido explicou que a academia já não era mais a mesma. Os antigos fregueses estavam deixando de aparecer. O lugar não era mais seguro à noite, e a academia estava fechando às sete. Seus dias de glória pareciam ter terminado, ali só restava medo e incerteza. Geraldo começou a chorar, fato que me deixou muito triste. Eu nunca poderia imaginar que aquele negro de dois metros de altura seria capaz de verter lágrimas feito uma mocinha. A situação era mesmo calamitosa. Tão feia que broxei. Procurando levantar o astral de Geraldo, ergui-me de meu assento e lhe mostrei a buceta. Seu olhar se iluminou por alguns segundos, mas quando tentei enfiar a mão em seu calção de lutador, Geraldo deu um grito de medo e saiu correndo do gabinete.
Confusa, deixei a academia e fui para meu escritório refletir sobre aquelas estranhesas. Não seria fácil arrancar nada daqueles machões amedrontados. Lembrei-me dos áureos tempos em que eu freqüentava a academia do Geraldo. Eu entrava na sala de musculação feito uma princesa nua. Bons tempos aqueles em que eu montava na tora preta de Geraldo; deixava o Vampiro sugar até a última gota de meu chico; ouvia o nanico Jock fazer aqueles barulhos de carro enquanto me enrabava. Agora, tudo estava perdido e minha tarefa era encontrar os responsáveis.
Telefonei para Brukutu e marquei um encontro. Fomos para um bar no lado oposto da cidade. O lugar estava vazio, e meu amigo se sentiu mais à vontade conversando em uma mesa escondida. Fui direto ao assunto e perguntei porque todos os valentões da cidade, de repente, se transformaram em franguinhas medrosas, sem coragem de exibir suas pirocas. Brukutu fez rodeios, pensou, relutou, mas acabou mencionando dois nomes: Veneno e Tirana. Eu nunca havia ouvido falar delas, mas não forcei Brukutu a revelar mais sobre o assunto. Outra sessão de lágrimas vinda de um machão teria comprometido meu grelho. Para ver se a situação era reversível, fui para debaixo da mesa e abri a calça de Brukutu. Ele resistiu, tive que segurá-lo com força, mais acabei arrancando-lhe uma ereção. Seu pau cabeludo feito um homem das cavernas em poucos segundos explodiu em grande volume de porra. Limpei minha boca com a toalha da mesa, e saí do bar sorrindo. Nem tudo estava perdido.
Como eu não sabia onde encontrar Veneno e Tirana - as bandidas responsáveis pelo descaralhamento dos machões- resolvi espreitar na área da academia de Geraldo Caldas. Telefonei para ele e implorei que deixasse a academia aberta até a madrugada. Ele não queria atender meu pedido, disse que era arriscado demais. Nenhum atleta ficaria lá até tão tarde, e ele teria que permanecer sozinho naquele prédio. Eu gritei com ele, chamei-o de bicha, de franga. Prometi que ficaria na área, vigiando tudo. Ele podia confiar em mim. O pobre Geraldo acabou concordando. Hoje me arrependo um pouco por tê-lo forçado a ir além de seus limites. Mas seu sacrifício foi necessário.
Quando a noite caiu, peguei meus binóculos de visão infravermelha e fui para o telhado de um prédio vizinho à academia, local perfeito para observar quem quer que passasse na rua. Nada ou ninguém poderia escapar ao meu olhar atento.
As horas se passaram e eu podia sentir o coração de Geraldo palpitar com força. Para ele, aqueles foram momentos de extrema tenção e tortura.
Quando o relógio da igreja bateu onze horas, Geraldo soltou um grito de gozo. Desci do prédio o mais rápido que pude, e quando entrei na academia, meu amigo estava de bruços, estendido no chão. Seu pau inchado latejava, com um filete de sêmen escorrendo do prepúcio. Passei o dedo indicador em seu cu dilatado e ele gemeu, sorrindo. Constatei que as pregas e o reto dele estavam cobertos por material lubrificante. Geraldo, ao sentir meu dedo em seu rego, arrebitou um pouco mais a bunda e, delirando, balbuciou um pedido, ele queria mais. Apiedada do machão que ali estava, comecei a passar a língua em suas pregas. Seu cacete parecia vazio de porra, trêmulo, como se lhe houvessem sugado até a última gota. Me distraí com o tratamento que estava dando no cu de Geraldo e não percebi a mão que veio tapar a minha boca com um pano encharcado de éter.
Fiquei desmaiada por muito tempo. Quando acordei, me vi amarrada em uma cadeira. Meu revólver se encontrava em cima da mesa. Meus olhos se acostumaram com a luz forte e pude vislumbrar Brukutu, Antônio 29 e Geraldo, nus, dormindo em um canto da sala. Enfim eu estava prestes a conhecer as duas responsáveis por tantos distúrbios. Veneno e Tirana, comportadamente sentadas em um sofazinho a alguns metros de minha cadeira, sorriam contentes.
Veneno usava um colã marrom cintilante, com um cinto grande, dourado, em volta da cintura. Suas botas castanho dourado, até a altura dos joelhos, combinavam com os enormes óculos escuros que ela usava. Seus cabelos iam até a cintura em cachos aloirados. Tirana usava uma corpete roxo-escuro, com vinil. Sua maquiagem era pesada em volta dos olhos e seu cabelo era channel, preto cintilante. Ela usava sandálias vermelhas e meias de ceda preta.
Quando as duas se levantaram do sofá, vi o volume enorme saltando em riste do meio de suas pernas. Veneno e Tirana eram dois travestis.
Elas caminharam até mim, dizendo que não eram tão más quanto pareciam. Veneno tirou o pau para fora do colã e o esfregou levemente em meu rosto. Abri a boca para alcançar aquela piroca. Tirana também já estava acariciando minha bochecha com seu caralho. As duas travestis, vendo meu desespero, enfiaram seus membros rijos em minha boca. Aos poucos fui me entregando à sacanagem. Veneno me desamarrou da cadeira, enquanto Tirana, munida de meu revólver, ameaçou estourar meus miolos caso eu tentasse escapar. Para provar que falava sério, Tirana deu um tiro na cabeça de Antônio 29.
Veneno se deitou no chão e me forçou a cavalgá-la. Sua pica era grossa, monumental. Tirana, apontando a arma em minha nuca, me enfiou o pau no cu. Que sensação inebriante ter as duas travestis me comendo ao mesmo tempo.
Brukutu, saindo de seu torpor, ameaçou levantar. Tirana lhe acertou dois tiros na barriga. Começamos a rir. Gozamos feito bandidas.
Quando colocamos nossas roupas, Tirana me passou o revólver. Não fazia mais sentido me ameaçar, naquele momento já éramos como velhas amigas.
Eu concluí que se os dois garanhões estavam mortos, não era de bom tom deixar Geraldo sair vivo para testemunhar contra nós. Dei-lhe uns tapinhas no rosto, ele acordou confuso. Sorri para lhe tranquilizar e dei-lhe dois tiros no peito. Geraldo pareceu não sofrer, o que me agradou.
Saímos as três - Veneno, Tirana e eu- pelas ruas da cidade, em busca de um barzinho para tomar uns drinques.
Veneno e Tirana, no decorrer dos anos, sempre se mostraram dispostas a me ajudar nos mais complicados mistérios.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
A primeira vez que encontrei Dr. Altinez Munhosa – o velho cirurgião plástico, chupador de grelhos- foi através do grande playboy Edgar Varella Dutra.
Edgar deu-lhe meu cartão, dizendo que eu era a melhor detetive do ramo. O tipo de serviço que o cirurgião plástico necessitava exigia muita cautela. Edgar fez questão de acompanhar o Doutor até meu escritório, aparentemente o playboy também tinha um negócio a me propor.
Doutor Munhosa me disse que precisava de alguém sigiloso e competente para ir ao Haiti buscar uma encomenda. Perguntei a ele o que seria transportado, ele disse que era uma caixa, relativamente pequena e leve, mas não poderia revelar o conteúdo da mesma. Eu teria que ser extremamente cautelosa, em hipótese alguma a caixa poderia cair em mãos erradas. Doutor Munhosa me revelou que a missão exigia um profissional com nervos de aço, pois forças ocultas estariam envolvendo a encomenda. Tranquilizei o doutor dizendo que eu era completamente agnóstica, e raramente me deixava levar por superstições, crenças populares ou mitos. Doutor Munhosa sorriu maliciosamente ao ouvir meu comentário.
Depois de pegar a caixa, eu deveria seguir para o Oriente Médio, onde o Doutor me encontraria em seu hospital em Bagdá e eu lhe entregaria a encomenda.
Aceitei o serviço e resolvemos alguns detalhes da viagem. Não preciso dizer que meu pagamento foi régio e adiantado. O Doutor se despediu dizendo que confiava em mim. Quando ele foi embora, o playboy Edgar me propôs sua parte no assunto. Edgar queria fazer uma aposta. Desconfiei de suas intenções, eu conhecia sua fama já há muito tempo. Aquele playboy era um apostador nato, acostumado a vencer sempre.
Edgar começou me perguntando o motivo pelo qual Dr. Munhosa não iria pessoalmente ao Haiti buscar a encomenda. Eu respondi que com certeza o transporte da caixa até Bagdá era perigoso e secreto. Edgar riu; disse-me que o problema não era o transporte, mas a encomenda em si. O playboy me revelou saber o que continha a caixa, mas não me diria o que era. De acordo com ele, um marajá do petróleo, de nome Azahij Ansur, foi quem o apresentou ao Doutor Munhosa em uma festa nas ilhas Malvinas. Durante a festa, o mesmo marajá, de porre, contou a ele sobre suas ligações com o doutor, sobre a encomenda secreta no Haiti, e sobre o que continha a misteriosa caixa. Foi assim que o playboy teve a idéia de intermediar as negociações entre eu e o doutor, e em seguida fazer a aposta.
O assunto era o seguinte: caso eu transportasse a caixa intacta, sem abri-la ou usar seu conteúdo, do Haiti a Bagdá, o playboy Edgar me daria sua frota luxuosa de iates. Porém, se por qualquer circunstância o lacre da caixa se rompesse e eu utilizasse o conteúdo da mesma, eu teria que lhe pagar em serviços. Edgar queria eliminar quatro primos seus, que brigavam por uma herança. Eu não pretendia perder aquela aposta, principalmente por que ela colocava em risco minha reputação de profissional séria. Transportar a caixa intacta era apenas minha obrigação, portanto aceitei o desafio.
Dois dias depois eu chegava à região central de Port-au-Prince, Capital do Haiti. Doutor Altinez Munhosa me havia fornecido o endereço do lugar onde eu poderia pegar a caixa: Sra. Vinnity Wantú, Rue de Mémoire de L´Art, número 666. A primeira parte da missão era encontrar a dita senhora, à meia noite em ponto, naquele endereço.
Foi difícil encontrar a Rue de Mémoire de L´Art, passei o dia inteiro e parte da noite procurando aquele lugar. Depois de uma busca frustrada, fui descobrir que a tal rua não era na cidade dos vivos. Rue de Mémoire de L´Art era uma das ruas dentro do amplo cemitério da Capital Haitiana, o número 666 era o de um pequeno mausoléu, e a Sra. Vinnity Wantú, para minha surpresa, era a mulher enterrada lá.
Arrombei o cemitério e entrei. O ambiente sombrio e o espesso nevoeiro noturno me atiçaram a buça. Respirei fundo e me contive. Em menos de meia hora encontrei o pequeno mausoléu de número 666. A porta estava entreaberta. Entrei. Na tampa de um sarcófago carcomido, coberto por um monturo de ossos e caveiras, vi uma pequena foto, o nome da mulher enterrada ali era Vinnity Wantú. Embaixo da foto havia uma inscrição em francês, coberta de poeira, restos de pele apodrecida, penas de aves e cera de vela. Limpei a sujeira de cima das letras e li, em voz alta, as palavras malditas: Passé la stupeur et le deuil, la rumeur prend forme, enfle, l'artist devient un véritable mythe. Andy Warhol ne serait pas mort. Son cadavre serait un faux de plus, le dernier acte de cet artiste dynamiteur.
Um vento frio e cortante invadiu o ambiente, arrepiando-me os cabelos do cu. Do canto mais escuro do pequeno mausoléu, a mulher que eu havia invocado saiu das sombras. Vinnity Wantú, a poderosa feiticeira, rainha dos espíritos perdidos e dos corpos sem vida. Seus olhos eram foscos, sem cor, sua língua e pele pareciam ressecadas. Nada naquela carcassa indicava sinal de vida. Sra. Vinnity Wantú estendeu os braços e me entregou a caixa de quatro palmos de comprimento por um de largura. Fiz menção de sair. O cadáver, porém, me estendeu uma prancheta com dois recibos. Procurei uma caneta na bolsa. A velha bruxa abriu o bolsinho de sua mortalha e me entregou uma esferográfica. Assinei os recibos, e saí do mausoléu levando a encomenda, enquanto a senhora Zumbi voltava para as sombras.
Aluguei um quarto em um dos hotéis cinco estrelas, próximos à orla. No sossego de meus aposentos fiquei a olhar a caixa misteriosa. O selo que a lacrava era vermelho, em formato de caveira. Minha buceta se encharcava enquanto eu passava levemente meus dedos sobre a tampa de madeira daquela encomenda. Algo me dizia que o que quer que fosse o conteúdo da caixa, era mais valioso do que eu poderia imaginar. Pensei em abrir o selo e ficar com tudo para mim, mas isso significaria perder a aposta, o que seria uma vergonha.
Deixei a caixa dentro do cofre do hotel, o que me pareceu ser arriscado, mas eu precisava andar um pouco. O contato com a caixa estava me deixando louca, e eu não entendia a razão.
Caminhei sem rumo durante uma hora, até chegar a uma praia aparentemente deserta. Ao longe eu escutava o barulho de tambores e via o fraco bruxulear de uma fogueira. Corri naquela direção, pressentindo os possíveis prazeres mais adiante.
Em volta da fogueira, dez homens altos e fortes, deuses de ébano, dançavam sem suas roupas. Eu fiquei extasiada. Imediatamente arranquei meu vestido branco e me ajoelhei na areia. Abri minhas pernas e comecei a bolinar meu clitóris. Os dez haitianos me rodearam, cantando seus hinos ritualísticos. Vi seus paus se enrijecendo à medida que o ritmo da música aumentava. Abocanhei suas toras gigantes, tentando apagar o fogo que crescia dentro de mim. Chupei todos até a exaustão, dez caralhos famintos por minha buceta. Senti meus grandes lábios engolirem um caralho, enquanto outro me comia o cu. Recebi, ao mesmo tempo, dois paus em minha boca, e masturbei dois outros. Os quatro cacetes restantes, iam se revezando em duplas penetrações pelo meu corpo. Uma hora antes do nascer do sol, deitada na areia, senti a chuva de esperma cobrindo meu corpo. Os dez, de pé, ejaculando em cima de mim. Entre gritos de prazer, recebi aquele leite abundante e voltei para o hotel. Felizmente, a caixa não havia sido retirada do cofre.
Parti da Capital Port-au-Prince de avião, rumo a Bagdá. Pensei que a orgia noturna me saciaria por algumas horas, mas a caixa misteriosa me seduzia, ondas de desejo incendiavam o meio de minhas pernas. Dentro do avião, trepei o máximo que pude, tentando fugir à tentação da caixa. Eu não poderia perder a aposta; desbancar o playboy Edgar e ganhar sua frota de iates era questão de honra.
Aterrissei em Bagdá e me senti aliviada por saber que minha missão estava chegando ao fim. No aeroporto, aluguei um carro e segui o mais rápido que pude para o local onde eu encontraria o Doutor Altinez Munhosa. Porém, antes de alcançar a entrada da cidade, uma caravana de beduínos apareceu na estrada. Eu havia depositado a caixa no meu colo, enquanto dirigia. O tesão que aquele objeto me dava me impediu de ver os beduínos chegando. Freei o automóvel, evitando o desastre. A caixa voou do meu colo, caindo entre o acelerador e o freio. Quando a caravana passou, percebi que o lacre da caixa estava partido. Furiosa, gritei "caralho... buceta!" A tampa da caixa tremeu e senti que Edgar havia ganhado a aposta. O conteúdo da caixa era um pênis rijo, enorme. Mais tarde doutor Munhosa me esclareceu que aquele era o famoso Pau-Voodoo.
O membro mágico, ouvindo meu xingamento, pensou que eu havia dado uma ordem direta, e entrou em ação. O Pau-Voodoo pulou para fora da caixa e me invadiu a buça. Lancei um uivo de tesão com a entrada inesperada daquela pistola. Eu nada podia fazer.
Acelerei em direção a Bagdá, tentando não desmaiar sob o efeito daqueles orgasmos múltiplos. Só o Dr. Munhosa saberia o que fazer para desligar aquele feitiço.
Corri pelas ruas da cidade, avançando sinais e atropelando transeuntes. Um policial me perseguiu de moto com insistência. Parei, na intenção de pedir que ele me escoltasse. O policial ao me ver contraindo em êxtase, não acreditando na história que lhe contei, disse "Madame, Pau-Voodoo o meu cu!"
O membro enfeitiçado saiu de minha buceta e, arrebentando as calças do homem da lei, invadiu impiedosamente seu butão. Para não chamar mais atenção, abri a porta do carro e joguei o policial no banco traseiro. Ele gritava, gemia, sem compreender o que lhe estava acontecendo.
Encontrei o Dr. Munhosa no seu hospital, no lado norte da cidade de Bagdá. O doutor, vendo policial gozar pela nona vez, deu a ordem “Pau-Voodoo, chega de putaria!”, o que deu fim à sacanagem toda.
O Pau-Voodoo havia sido comprado pelo magnata do petróleo de nome Azahij Ansur. O milionário árabe sofria de impotência desde a mais tenra idade, e adquiriu o membro mágico para implantá-lo em seu próprio corpo. Com certeza, suas duzentas e sete esposas ficariam gratas por sentir aquele cacete.
Depois da cirurgia, que foi um sucesso, Azahij Ansur me convidou a ser a primeira a experimentar sua nova piroca. Já que eu estava íntima daquele caralho, aceitei de bom grado.
Três dias depois, o playboy Edgar Varella me cumprimentava pelo serviço feito. Como nós havíamos combinado, caso eu perdesse a aposta, eu mataria seus quatro primos. Eu estava feliz com as sacanagens e putarias da minha missão, e resolvi ser rápida e pouco cruel. Aqueles quatro rapazes não chegaram a ver o que lhes atingiu.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Na mansão, fui apresentada a Mr. Reed e, antes de arrancarmos nossas roupas e começarmos a suruba, tive a oportunidade de lhe entregar meu cartão. Depois daquela noite, me despedi de Schulbert e não o vi por três anos, até a referida mostra de Cinema Sadomasô.
Shulbert me aguardava em um hotel cinco estrelas, bem no centro da Berlim Ocidental. Tomamos alguns drinques no bar do hotel, conversamos um pouco e fomos direto para o local da mostra de cinema. Os eventos daquela noite duraram cinco horas e no fim eu já estava mais do que pronta para ser chicoteada, amordaçada e torturada pelo meu amigo piloto e alguns camaradas do leste que conseguiram pular o muro e assistir à mostra. Shulbert, no entanto, tinha outros planos. Para minha surpresa, meu amigo piloto, na companhia de não mais do que um camarada comunista – Frans Hankenstain-, dispensou o motorista e guiou a limousine até a área norte de Berlim. Shulbert estacionou o carro e entramos todos em uma casa de chá abandonada. Fiquei completamente excitada quando dentro do lugar vi Mr. Thomas Jefferson Reed acompanhado de dois outros distintos cavalheiros – Mr. Liu Chain Kow e Mr. Orson Bursth. Aqueles homens eram o supra-sumo das duas Alemanhas, da China e dos E.U.A e para minha extrema decepção não estavam reunidos para colocar a casa de chá abaixo numa sacanagem internacional, mas sim para me incumbir de uma importante missão.
A partir daquele momento estava em minhas mãos o dever de manter o tênue e bipolar equilíbrio do planeta que, de acordo com eles, estava prestes a testemunhar a queda do 60o paralelo, que dividia o mundo em ocidente e oriente, capitalistas e comunistas. O muro de Berlim, naqueles dias, era o último sustentáculo do universo comunista, e estava seriamente ameaçado. Mr. Reed me explicou que o governo americano secretamente patrocinava os governos comunistas para assim manter o equilíbrio político e econômico do planeta. O então recente turbilhão, provavelmente patrocinado pelos árabes, que assolava o eixo bipolar do mundo estava ruindo o equilíbrio econômico e as coisas poderiam ficar fora de controle. Minha tarefa era sabotar a unificação das duas Alemanhas, impedindo a queda do muro de Berlim. A missão era ultra-secreta, já que ninguém podia suspeitar do envolvimento Norte-Americano no processo de manutenção do comunismo.
Meu codinome: Atlas. Eu teria que invadir o prédio do D.C.G. (Diretório Central do Governo Alemão) e instalar três bombas, explodindo assim os principais líderes pró-unificação. O atentado poderia levar o mundo a pensar que os comunistas eram os culpados, mas Mr. Liu Kow me garantiu que os organismos de inteligência chinesa plantariam evidências que incriminariam outros grupos separatistas, de tendência direitista, talvez a máfia italiana. Mr. Bursth me disse que o comunismo era extremamente importante para os interesses norte-americanos, sem ele o planeta sofreria a expansão inevitável do mundo árabe e isso nem os capitalistas, nem os comunistas poderiam admitir. Combinei os honorários para a realização da tarefa e segui para meu hotel, a fim de me preparar para a missão. Felizmente me sobrou tempo para cair na sacanagem com meu amigo piloto que, na verdade, era um agente secreto da guarda do vaticano, e também participaria do ataque ao D.C.G. alemão. Patrick Shulbert usaria o codinome Perseu.
Passei os dois dias que se seguiram me preparando para o ataque. Shulbert trouxe mapas do subsolo da cidade e plantas baixas, material para construir as três bombas e umas fitas VHS de filmes que estavam concorrendo à 25a Mostra, para que não ficássemos por fora das novidades. Com o plano todo organizado, seguimos para a área do D.C.G. Paramos a alguns quarteirões do edifício e entramos na rede de esgoto. Ao chegarmos ao subsolo do prédio, abrimos a escotilha secreta e invadimos silenciosamente o edifício. Shulbert sugeriu que nos separássemos. Ele cuidaria da segurança, enquanto eu instalaria as bombas. Naquele momento eu não suspeitava que estivesse entrando em uma perigosa armadilha. Mr. Reed, representando os escalões ultra-secretos do governo norte-americano, me contratara para impedir que o comunismo fosse destruído. No entanto, ele mesmo havia contratado outra profissional para impedir que eu impedisse a queda do muro de Berlim. Os planos norte-americanos sempre foram vários, e às vezes conflituosos.
Na confusão que se formou dentro do D.C.G., perdi as três bombas e Shulbert foi morto. A outra profissional contratada por Mr. Reed me atacou de surpresa, usando bombas de gás lacrimogêneo. Consegui escapar, semiconsciente, do edifício e me esconder por alguns dias numa casa de escravas brancas na Berlim Oriental. Com certa dificuldade, fugi em seguida pelo Mar Báltico até a residência de um dos meus contatos em Helsinque.
Como resultado dos planos terríveis de Mr. Reed e seus comparsas, o muro de Berlim caiu por terra e as duas Alemanhas foram anexadas, colocando um ponto final ao mundo comunista e no equilíbrio político e econômico do planeta.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Desci em Moscou numa manhã chuvosa, era terça-feira. Ivan Ivanovich me esperava no desembarque do aeroporto. Aquela era a segunda vez que eu visitava a União Soviética, e minha garganta não se cansava de desejar a boa bebida e os bons caralhos daquele país.
Ivan – que segurava um cartaz com meu nome- era um rapaz um pouco mais baixo do que eu. Pude perceber o volume em suas calças quando me aproximei dele. Era a primeira vez que nos encontrávamos. Cumprimentamos-nos e seguimos para a limousine branca que nos levaria para a mansão do Duque de Whitehorse.
Dentro da limousine, Ivan me serviu uma taça de champanhe. Ele tinha “ordens explícitas de atender todas as minhas necessidades.” Eu sorri quando ele me disse isso. Para testar sua eficiência, informei-o da minha necessidade imediata de vê-lo me chupar a buceta. Ivan arregalou os olhos, mas ao ver que eu abaixara a calcinha até os joelhos, não teve outra saída senão enfiar a cabaça no meio de minhas pernas e começar a lamber. Pude perceber de imediato que Ivan era um cumpridor fiel das ordens de seu patrão; como prova de minha estima, decidi que ele também merecia um pouco de champanhe. Enchi minha taça e derramei, aos poucos, aquele líquido borbulhante sobre os meus pentelhos morenos. A bebida me extasiou a vulva; a língua de Ivan se tornou uma arma fatal. Enlacei seu pescoço com minhas pernas e forcei sua cabeça mais fundo. Gemi. Como não havíamos subido o vidro fumê que nos separava do motorista, percebi que ele se masturbava enquanto dirigia. Pensei em convidá-lo a parar o carro e vir se juntar à nossa sacanagem, mas concluí que era mais excitante tê-lo nos observando pelo espelho retrovisor.
Ivan se inebriava de champanhe e suco vaginal, enquanto eu encarava o motorista, lambia meus lábios vermelhos e bolinava meus peitos.
Eu já havia gozado três vezes quando deixamos as ruas da cidade de Moscou.
A mansão do Duque de Whitehorse era um gigantesco castelo medieval. O excêntrico Duque – de origem escocesa- havia desmontado o castelo em sua terra natal e transportado tudo para a capital mundial do comunismo. Pelo que eu sabia de antemão, o Duque de Whitehorse havia se afiliado à KGB e por anos traficou importantes informações sobre a Coroa Britânica. Ao ser preso pela Scotchland Yard, o Duque escapou e pediu asilo político aos russos. Por cinco anos ele desfrutou das facilidades do mundo comunista, mas pelo o que pude ler na carta que havia me enviado, seu casamento com a União Soviética estava chegando ao fim. O Duque de Whitehorse passou a fazer o serviço contrário e agora tentava vender informações sobre a KGB para a Scotchland Yard e a CIA. Minha missão era retirar o Duque dos domínios comunistas e transportá-lo com segurança para a Suíça.
O serviço havia sido pago adiantado. O dinheiro saiu dos bolsos do próprio Duque; ele não queria envolver os órgãos oficiais, temendo que nem a CIA nem a Scotchland Yard fossem competentes o bastante para retirá-lo da União Soviética com vida.
Quando entrei no castelo apertei a mão do Duque e nos sentamos para almoçar em seu salão de festas. Ivan desapareceu por uma porta.
Por duas horas expliquei ao Duque meu plano de fuga. Contei-lhe uma história complicada e cheia de detalhes para lhe inspirar confiança. O pobre Duque não sabia que eu tinha uma missão diferente daquela para a qual fui contratada. Permaneci no castelo por uma semana e tive a oportunidade de analisar de perto os hábitos daquele Duque loiro, de tez pálida e delicada. Aproveitei aqueles dias de folga para trepar com Ivan, com o motorista, com a copeira, com muitos dos aldeões, e com um maravilhoso cavalo branco, puro sangue, que me encantou no aras do castelo.
No dia da fuga, dei um telefonema secreto, coloquei o Duque e Ivan em um carro vermelho que não levantava suspeitas, e dirigi para os subúrbios de Moscou. O Duque de Whitehorse não se incomodou com o disfarce de prostituta que lhe emprestei. A saia de napa amarela, as meias de seda preta, os saltos e o batom vermelhos, caíram bem com seus cabelos de um loiro branco.
Ivan, o Duque e eu entramos em um apartamento vagabundo. Eu lhes disse que deveríamos esperar umas duas horas antes seguirmos viagem.
Servi vinho tinto. Ivan e o Duque acenderam cigarros. Já que não fumo, comecei a fazer umas palavras cruzadas em chinês que comprei em uma banca de jornal em Taiwan, para passar o tempo sem pensar em sacanagem. Uma hora depois, o meu plano entrava em ação. Quatro oficiais da KGB arrombaram a porta de nosso apartamento – que não de um quarto com uma cama, uma mesa e duas cadeiras. Os oficiais eram gigantes musculosos, usavam uniformes cinza, botas pesadas e sujas, de cano longo. Eu pisquei para o chefe deles e indiquei o Duque com um olhar. Um dos oficiais me amarrou junto a Ivan. A proximidade de nossos corpos fez o pau dele tremer dentro das calças.
O chefe dos soldados se aproximou do Duque com um sorriso malicioso, e perguntou quem era aquela putinha loira, tão gostosa. Eu respondi que seu nome era Natasha Trinidade, uma amiga do interior.
Daí em diante, acredito que o Duque de Whitehorse passou a me agradecer eternamente por não tê-lo tirado de Moscou.
Os quatro oficiais rodearam o Duque e começaram a lhe bolinar os peitos e o cu. O Duque parecia tenso, surpreso, mas muito excitado. Em poucos minutos ele, o Duque de Whitehorse, estava cavalgando no pau grosso de um dos oficiais, ao mesmo tempo em que masturbava os outros dois e chupava o caralho do chefe. Ante a visão de tantos cacetes polpudos, não resisti mais, e me soltei das amarras. Corri para o carro, na companhia de Ivan, e fui cavalgar sua pistola.
A KGB ficou grata pelos meus serviços.
O Serviço de Inteligência Soviética havia me procurado assim que recebi a carta do Duque de Whitehorse, e me disseram que eu receberia quatro vezes mais o valor pago pelo Duque se eu o convencesse a permanecer na União Soviética. Quando desci em Moscou eu não tinha um plano definido, mas assim que deitei meus olhos no delicado Duque, tudo ficou claro como vodka. Enviei uma mensagem criptografada por um agente secreto da KGB – o cavalo branco que me seduziu no haras do castelo- e os quatro oficiais que requisitei me foram cedidos com prazer.
Depois daquela noite em que apresentei o Duque aos quatro agentes da KGB, ainda saí de Moscou levando boas lembranças. O Duque de Whitehorse não se identificou com o nome Natasha Trinidade e adotou o pseudônimo de Duquesa de Whitemare, a putinha mais cobiçada de toda a União Soviética. Ivan passou a ser seu fiel gigolô. Nem a CIA, nem a Scotchland Yard voltaram a ouvir falar deles.